quinta-feira, junho 28, 2007

Pensamentos mortais

De todas as coisas que mais amo, a que menos penso sou eu.

Inacreditável, mas é verdade.

Pode ser a que mais cuido, porem de forma automática.

Luto pouco pelo meu futuro, tenho sonhos que parecem cada dia mais distantes. Tenho desejos que me enlouquecem cada dia menos.

Estou deixando de ser humano aos poucos. Estou sendo alguém que não sei quem é na verdade.

Estou mudando e desconfiando que nunca mais voltarei ao normal.

Estou, aos poucos abandonando meus grandes amores. Não troncando-os por outros, apenas deixando sem me despedir.

De todas as coisas que mais amo nesse mundo, a que menos penso sou eu. Nem sei hoje ao menos quem sou.




hum...



[ Por um instante para de se olhar no espelho. Molha o rosto. Se encaminha para a porta de saída.
É inacreditável como uma pessoa pode ser profunda no banheiro de uma festa. De volta a batalha perdida ]


As vezes pensamos em desistir da nossa imensa e sempre inexplorada vida por pequenas batalhas perdidas. Ainda mais quando elas envolvem Patys fúteis numa festa de São João.







Kleber, 16 anos.



terça-feira, junho 19, 2007

Voltando ao normal.

Semana do SPFW*.
Infelizmente não consegui pegar nenhum dos desfiles que gostaria. Herchcovitch, Vide-Bula, V-Rom...nenhum desses acompanhei nas passarelas.
Não tenho dinheiro para consumir essa moda, mas admiro. As cores, os desenhos, o esforço de tornar-se sempre contemporâneo. Coisas que faz a moda ser um entretenimneto único, próximo apenas da música**.
Acompanho nos sites da UOl, do Terra as fotos dos desfiles, mas tudo é tão estático, sem vida, que perde até a graça.
Uma das surpresas pra mim foi a presença do Afro-Reggae. Uma apresentação cheia de atitude e estilo com suas roupas inspiradas na moda urbana brasileira [que, particularmente, achei bem próxima da estadunidense], mas que em sua simples presença da um sopro de alegria e espontaneidade a um ambiente, mesmo que caracterizado pela criatividade, ainda é perseguida [ou ela quem persegue?] pela presente sombra das coleções internacionais .
É uma pena meus recursos monetário serem limitados [eu ser um duro] para a compra de nenhuma das roupas, ou ser convidado para a louge da Vivo, mas a moda, independente de seus eventos, me fascina. Me deixa tonto; a velha que se renova a cada estação; o glamour de se vestir; o divisor de águas entre as classes sociais; a valoração magnífica do belo.Ai moda...culpa sua ter me tornado assim...um metrossexual.









Alexandro, 32 anos



*São Paulo Fashion Week.
**A música quando produto do pop e não como arte